BRAZIL

Brazil cyber: ready to grow

The cyber insurance market in Brazil could be poised for rapid expansion, suggests a new report by Fitch Ratings.


TRADUÇÃO PORTUGUÊS

The cyber insurance market in Brazil has the potential for dramatic expansion, as this product offers financial benefits for a growing risk which market participants are facing, according to a report by Fitch Ratings called “Brazilian cyber insurance market overview”, released in August.

The report notes that direct cyber insurance premiums grew 27.2% to R$98 million in 1H23, compared with R$77 million in 1H22. In previous years, the segment’s growth was even more significant, with the three-year average premium growth rate at 106%.

Cyber insurance represents significantly less than 1% of casualty insurance premiums, despite the rapid growth. Insurers have concerns about assessing cyber risks; insureds’ management of cyber risk; policy exclusions and clash scenarios; and potential legal risk from emerging claims.

Fitch said it expects privacy issues to be increasingly widespread with the passage of the federal General Data Protection Law (LGPD) that went into effect in 2021.

The sharp growth in earned premiums compared with a modest increase in claims incurred has led to improvements in earnings and underwriting performance in 2022. This is expected to continue for 2023, with the loss ratio at 28% for the year ended June 30, 2023, Fitch said.

There are currently 11 insurers in Brazil that operate in the cyber risk coverage segment, but the three largest insurers had around 80% of market premiums at 1H23 (see box below). Global insurers make up the majority, such as American International Group, (AIG), which pioneered cyber liability insurance in Brazil and is the industry leader with around 43% market share in terms of premiums.

The implementation of protection mechanisms and cyber risk management practices by policyholders help to reduce claims. Fitch expects volatility, which at times could be significant, in performance measures for the next several years while the industry is undergoing rapid growth.

“Cyber risks are among the most important business risks for companies.”

Market awareness

Ransomware is one of the largest risks a covered entity faces, Fitch notes. This is where a threat actor enters the company’s systems and prevents access to areas unless a ransom is paid. Often this is accompanied with exporting of data and threats to leak the data if ransom demands are not met. Cyber insurance in Brazil does cover ransomware payments, forensic investigations and regulatory fines.

Since the cyber risks segment was established by the Superintendência de Seguros Privados, the product experienced an increase in demand, given the greater exposure of policyholders to cyber attacks, greater awareness of corporate governance and new regulations.

Cyber risks are among the most important business risks for companies around the world. According to an annual report published by Allianz Global Corporate & Specialty, cyber incidents and business interruption were ranked the top two global business risks. The two risks are closely linked, as cyber risk can also cause business stoppage.

Growing market awareness of cyber threats, together with the development of laws such as the LGPD which impose obligations with the potential for fines, continues to increase the demand for cyber risk coverage. Cyber risk insurance premiums had high growth in recent years, and Fitch said it believes that the Brazilian cyber insurance market has the potential for dramatic expansion, but pricing challenges and limitations regarding the assessment of policyholders’ internal risk management may still affect the issuance of new insurance policies. The cyber insurance market is growing, but the segment still represents less than 1% of casualty insurance premiums.

“The improvement in the underwriting result was partly due to claims incurred.”
Fitch

Premiums are rising

Cyber risk coverage premiums reached R$98 million in 1H23, increasing about 27% compared with 1H22. In 2022, the volume of premiums written was R$174 million, increasing 68% compared with 2021. The premiums for 1H23 is equivalent to 56% of the total premiums issued throughout 2022 and represents approximately 474% of premiums for 2019.

The growing demand can also be seen in the monthly average of written premiums. In 1H23, the average monthly premium was R$16.4 million, compared to the average monthly premium in 2022 which was R$14.5 million, an increase of 13%

Improvements in earnings and underwriting are tied to stronger growth in earned premiums versus a modest expansion in claims incurred. After high loss rates in previous years, the loss ratio dropped to 44% in 2022, compared with 97% in 2021 and 103% in 2020, Fitch said.

“The improvement in the underwriting result was partly due to claims incurred and the implementation of cyber risk management procedures by policyholders. Policyholders with appropriate cyber risk prevention practices—such as multifactor authentication, employee training, prompt software updates, frequent backups, and regular testing and validation, etc—also influence the loss ratio,” Fitch noted.

“Policyholders with deficiencies in cyber risk management practices are more likely to face higher prices, higher retentions and coverage exclusions at policy renewals. However, we believe that claims may still remain highly volatile because of the rapid pace of technological changes and the strong effect that cyber attacks can have on policyholders, and recent relative claims stability may be short-lived.”

The big three

There are currently 11 insurers in Brazil that operate in the cyber risk coverage segment. The three largest insurers in the segment had about 80% of market premiums at 1H23. Global insurers dominate this segment. The top three cyber risk insurers for 1H23 were AIG with a 43% market share; Zurich Insurance Company with 27%; and Tokio Marine Holdings with 11%.

PORTUGUÊS

ENGLISH TRANSLATION

BRASIL

Brasil cibernético: pronto para crescer

O mercado de seguros cibernéticos no Brasil pode estar preparado para uma rápida expansão, sugere novo relatório da Fitch Ratings.

O mercado de seguros cibernéticos no Brasil tem potencial para uma dramática expansão, pois é um produto que oferece benefícios financeiros para um risco crescente que os participantes do mercado estão enfrentando, de acordo com um relatório da Fitch Ratings denominado “Visão geral do mercado brasileiro de seguros cibernéticos”, divulgado em agosto.

O relatório observa que os prêmios de seguro cibernético direto cresceram 27,2% para BRL 98 milhões no primeiro semestre de 2023, em comparação com BRL 77 milhões no primeiro semestre de 2022. Nos anos anteriores, o crescimento do segmento foi ainda mais significativo, com a taxa média de crescimento dos prêmios em três anos de 106%.

O seguro cibernético representa bem menos de 1% dos prêmios de seguro contra acidentes, apesar do rápido crescimento. As seguradoras têm preocupações a respeito das avaliações de riscos cibernéticos, gestão dos riscos cibernéticos pelos segurados, exclusões políticas e cenários de conflito, além de potencial risco legal de reivindicações emergentes.

A Fitch afirmou esperar que as questões de privacidade sejam cada vez mais difundidas em âmbito federal com a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2021.

O forte crescimento dos prêmios ganhos, em comparação com um aumento modesto nos sinistros incorridos, levou a melhorias nos lucros e no desempenho de subscrição em 2022. Espera-se que isso continue em 2023, com o índice de sinistralidade em 28% no ano encerrado em 30 de junho de 2023, segundo a Fitch.

Atualmente, existem 11 seguradoras no Brasil que operam no segmento de cobertura de riscos cibernéticos, mas as três maiores seguradoras detinham cerca de 80% dos prêmios de mercado no primeiro semestre de 2023 (consulte a caixa abaixo). As seguradoras globais constituem a maioria, como o American International Group, (AIG), que foi pioneiro em seguros de responsabilidade cibernética no Brasil e é líder do setor, com cerca de 43% de participação de mercado em termos de prêmios.

A implementação de mecanismos de proteção e práticas de gestão de riscos cibernéticos por parte dos segurados ajudam a reduzir os sinistros. A Fitch espera volatilidade, que às vezes pode ser significativa nas medidas de desempenho dos próximos anos enquanto o setor passa por rápido crescimento.

“Os riscos cibernéticos estão entre os riscos comerciais mais importantes para as empresas.”

Conhecimento do mercado

Ransomware representa um dos maiores riscos enfrentados por entidades cobertas, observa a Fitch. É aqui que um agente de ameaças entra nos sistemas da empresa e impede o acesso às áreas, a menos que seja pago um resgate. Frequentemente, isso vem acompanhado de exportação de dados e ameaças de vazamento de dados se as exigências de resgate não forem atendidas. O seguro cibernético no Brasil cobre pagamentos de ransomware, investigações forenses e multas regulatórias.

Desde que o segmento de riscos cibernéticos foi instituído pela Superintendência de Seguros Privados, o produto teve uma demanda crescente, dada a maior exposição dos segurados a ataques cibernéticos, maior conscientização sobre governança corporativa e novas regulamentações.

Os riscos cibernéticos estão entre os riscos comerciais mais importantes para as empresas de todo o mundo. De acordo com um relatório anual publicado pela Allianz Global Corporate & Specialty, os incidentes cibernéticos e a interrupção de negócios foram classificados como os dois principais riscos comerciais globais. Os dois riscos estão intimamente ligados, uma vez que o risco cibernético também pode causar a paralisação dos negócios.

A crescente conscientização do mercado sobre as ameaças cibernéticas, juntamente com o desenvolvimento de leis, como a LGPD, que impõe obrigações com potencial para multas, continua aumentando a demanda por cobertura contra riscos cibernéticos. Os prêmios de seguros contra riscos cibernéticos tiveram alto crescimento nos últimos anos, e a Fitch declarou acreditar que o mercado brasileiro de seguros cibernéticos tem potencial para uma dramática expansão, mas os desafios de precificação e as limitações relativas à avaliação da gestão interna de riscos dos segurados podem afetar a emissão de novas apólices de seguro. O mercado de seguros cibernéticos vem crescendo, mas o segmento ainda representa menos de 1% dos prêmios de seguros contra acidentes.

“A melhoria no resultado de subscrição deveu-se em parte aos sinistros incorridos.”
Fitch

Os prêmios estão aumentando

Os prêmios de cobertura de riscos cibernéticos atingiram BRL 98 milhões no primeiro semestre de 2023, um aumento de cerca de 27% em comparação com o primeiro semestre de 2022. Em 2022, o volume de prêmios emitidos foi de BRL 174 milhões, um aumento de 68% em comparação com 2021. Os prêmios para o primeiro semestre de 2023 equivalem a 56% do total de prêmios emitidos ao longo de 2022 e representam aproximadamente 474% dos prêmios de 2019.

A crescente demanda também pode ser percebida na média mensal de prêmios emitidos. No primeiro semestre de 2023, o prêmio médio mensal foi de BRL 16,4 milhões; em comparação com o prêmio médio mensal de 2022, que foi de BRL 14,5 milhões, representa um aumento de 13%.

As melhorias nos lucros e na subscrição estão ligadas a um crescimento mais robusto nos prêmios ganhos versus uma expansão modesta nos sinistros incorridos. Após altas taxas de perdas nos anos anteriores, o índice de sinistralidade caiu para 44% em 2022, em comparação com 97% em 2021 e 103% em 2020, afirma a Fitch.

“A melhoria no resultado de subscrição deveu-se em parte aos sinistros incorridos e à implementação de procedimentos de gestão de riscos cibernéticos por parte dos segurados. Os segurados com práticas adequadas de prevenção de riscos cibernéticos—como autenticação multifatorial, treinamento dos funcionários, atualizações imediatas de software, backups frequentes e testes e validações regulares, etc—também influenciam a taxa de sinistralidade,” observou a Fitch.

“Os segurados com deficiências nas práticas de gestão de risco cibernético têm maior probabilidade de enfrentar preços mais elevados, retenções mais elevadas e exclusões de cobertura nas renovações das apólices. No entanto, acreditamos que os sinistros ainda podem permanecer altamente voláteis devido ao rápido ritmo das mudanças tecnológicas e ao forte efeito que os ataques cibernéticos podem ter sobre os segurados, e a recente estabilidade relativa dos sinistros pode ser de curta duração.”

As três grandes

Atualmente, existem 11 seguradoras no Brasil operando no segmento de cobertura de riscos cibernéticos. As três maiores seguradoras do segmento detinham cerca de 80% dos prêmios de mercado no primeiro semestre de 2023. As seguradoras globais dominam esse segmento. As três principais seguradoras de risco cibernético no primeiro semestre de 2023 foram a AIG, com uma participação de mercado de 43%, a Zurich Insurance Company com 27%, e a Tokio Marine Holdings com 11%.



Main image: Shutterstock / Elnur

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